segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Manuel António Pina





O Têpluquê e outras histórias
Textos de Manuel António Pina 
Com ilustrações de Bárbara Assis Pacheco
Assírio & Alvim

Manuel António Pina faria hoje 70 anos. Quanta falta nos faz!



terça-feira, 12 de novembro de 2013

Recomeço

Após um interregno demasiado longo, recomeço exatamente onde acabei.
Do excelente encontro "Ler e Formar Leitores para o século XXI - Desafios digitais", guardo muitas intervenções interessantes e inspiradoras: a reflexão de Anabela Martins, com referência aos estudos internacionais mais recentes sobre a leitura digital e o leitor do futuro; o exemplo da Teresa Pombo e das suas  fantásticas Viagens Literárias ; a informação atualizadíssima sobre e-books que nos trouxe o Carlos Pinheiro; o projeto "Venham lá os exames!", do Agrupamento de Escolas da Vidigueira; as questões acerca da formação dos leitores do futuro e dos mediadores de leitura necessários para o efeito colocadas pela Maria do Sameiro Pedro; e, por último, a entrega e a generosidade de Cristina Taquelim que nos falou nos mais recentes projetos de mediação leitora da Biblioteca Municipal de Beja junto dos mais desfavorecidos e nos "desarrumou" com este seu texto (cito Fernando Pinto do Amaral, comissário do Plano Nacional de Leitura, que no início do encontro dissera "Aquilo que é importante na vida desarruma-nos"):


Aqui deixo o texto, cedido pela própria Cristina, a quem agradeço enormemente e peço perdão pela fraca qualidade do meu vídeo!

"Sei de uma casa que está sempre aberta e tem tantas portas e janelas como as emoções e os afetos que a vida nos desperta.
É uma casa imensa, onde se sente, onde se pensa. Uma casa onde se batalha para acordar o prazer de ler, ouvir e contar.
Nesta casa cruzam-se muitas histórias - as dos objetos e das pessoas que a habitam - e dentro delas, milhões de frases, biliões de palavras, triliões de letras todas alinhadas, prontas para serem celebradas.
Apesar de ser feita de matérias delicadas: palavras, afetos e memórias, consegue resistir ao temporal dos dias ou à solidão das horas.
Dentro dela descubro os lugares que nunca visitei, expresso o que penso, o que sinto, o que sei. Nela me acrescento, me encontro, aprendo.
Sei que também eu a posso habitar. Posso escutar os seus ecos, mirar-me nos seus espelhos, perder-me, caminhar.
Dizem-me às vezes:- Isso não existe.
Eu insisto e continuo a acreditar que existe uma casa assim!... um lugar onde cabem todas as representações humanas, um lugar de ler, de pensar, de expressar, emoções e utopias.
Um lugar de SER e também de MUDAR …todos os dias, numa viagem sem fim,
feita por dentro

de mim."
Cristina Taquelim